As
estrelas de "Crepúsculo" (Twilight), Kristen Stewart e Robert
Pattinson, esperam conseguir novos papéis, diferentes dos de vampiro, ao
refletirem sobre o que será de suas carreiras após o final da saga de
sucesso.
Com a estreia nos Estados Unidos, neste
final de semana, de "A saga Crepúsculo: Amanhecer, parte 2" (The
Twilight Saga: Breaking Dawn, Part 2), o sucesso de bilheteria chega ao
fim e encerra um lucrativo capítulo nas carreiras dos jovens atores.
Os cinco filmes, baseados nos romances
homônimos de Stephenie Meyer, geraram uma fortuna para eles e para o
estúdio Summit Entertainment, arrecadando 2,4 bilhões de dólares desde o
primeiro filme, em 2008.
E como no caso dos filmes "Harry
Potter", a franquia continua sendo um grande êxito até o final. Isso é
provado pelos cerca de 2.200 fãs da saga, principalmente mulheres
adolescentes, que acamparam em Los Angeles por dias antes da estreia da
mais recente produção.
As estrelas disseram que estão felizes
pela emoção que ainda despertam nas pessoas, mas que chegou o momento de
seguir em frente.
"Estou muito feliz que a história esteja
contada, você não tem ideia. O fato de que isto esteja fora e não
esteja pesando mais sobre nós, estou super-emocionada com isso", disse
Stewart, que interpreta Bella Swan.
"Não quero que pareça que estou
emocionada por ter terminado a experiência. É triste, é estranho", disse
a atriz aos jornalistas em Beverly Hills antes do lançamento do filme.
"Mas é normal. As coisas não deveriam
ficar estagnadas", acrescentou a jovem de 22 anos, que já deixou a sua
marca no cinema após seu papel em "Crepúsculo" com filmes que estrearam
este ano "Blancanieves e o caçador" ("Snow White and the Huntsman") e
"Na estrada" ("On the Road"), de Walter Salles.
O ator britânico Robert Pattinson,
namorado de Stewart dentro e fora das telas, exceto por alguns poucos
meses após a aventura amorosa da atriz com o diretor de "Branca de
neve", disse que levará tempo para superar "Crepúsculo".
"Creio que vai levar dez anos para
apagá-lo realmente do meu cérebro", disse o ator de 26 anos, que vive
Edward Cullen. "Se pudesse ter um pouco mais de controle sobre a minha
imagem pública, isso seria bom", acrescentou.
"Suponho que possa interpretar
super-herói depois de super-herói. Isso parece ser a única coisa que
garante muito dinheiro. Não é tão satisfatório, ter êxito monetário, mas
mantém a porta aberta para fazer o que você quer", considerou.
"Estou tentando assinar contratos e
fazer filmes dos quais possa me orgulhar", disse o ator, que já teve uma
participação em "Cosmópolis", de David Cronenberg.
No quinto e último capítulo da saga
"Crepúsculo", Bella começa uma nova vida como vampira e deve defender
sua filha Renesmee da elite Volturi, que sente que a menina é uma ameaça
para seu futuro.
"O primeiro (filme) era mais romântico e
íntimo, e este é mais épico e de maior escala", disse à AFP o diretor
do filme, Bill Condon, acrescentando que sua principal dúvida é sobre
como reagirão os seguidores do filme diante da transformação de Bella.
"Esses filmes são a história de Bella.
Kristen Stewart é uma humana e é quem nos levou através de tudo. Agora,
Kristen já não é uma humana, o que faz desta uma história que perdeu sua
guia humana", explicou.
O último longa-metragem envolve principalmente vampiros, com expressões e linguagem corporal extremamente limitadas.
Condon disse que foi "o maior desafio
destas séries... é algo que está na mitologia: eles nem sequer respiram,
não têm necessidade de se sentar, não se movimentam, não choram, o que
não permite estas coisas emocionais intensas".
"Com isso, um monte de ferramentas dos
atores são retiradas deles, incluindo seus olhos. Cada ator usa lentes
de contato. Assim, não estão vendo com tanta clareza e nós não estamos
vendo essa clareza em suas almas", disse.
O diretor explicou que desde o início
houve uma "carga tremenda de restrições" para os atores. "Isso é por que
algumas vezes estes pobres atores são acusados de serem de madeira.
Creio que se sentem incompreendidos e lamento por eles", disse.
"Esta questão de ser de madeira é algo que envolve muito trabalho!", declarou.
Mas Condon se mantém confiante de que a força da personagem de Bella manterá os espectadores vidrados no filme.
"Acredito que o segredo desta franquia é
que há uma mulher e (a história) está centrada e contada no seu ponto
de vista. E não há filmes suficientes desses", afirmou.
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