Capitulo 4
Lucas está fervendo por dentro. Um ódio mortal toma conta de seu ser. Henrique continua caído no chão, atônito.
Lucas: É hoje que você me paga por tudo que você me fez!
Lucas bate em Henrique. Ainda no hospital está Marina, angustiada. Ela telefona para sua amiga Isabela.
Marina: Alô?! Isabela?
Isabela: Oi Marina, tudo bem, amiga? Vem cá, aonde é que você se enfiou num sábado de manhã? Eu tô a mais de meia hora ligando pra sua casa e ninguém atende!
Marina: Eu tô no Hospital Central. A história é muito longa. O irmão do meu namorado tá internado e…
Isabela (interrompendo): Ah, querida! Madre Tereza deve estar se remoendo de inveja. Você é quase uma “Jesusa”. Só falta fazer milagre também!
Marina: Pois bem que eu queria fazer milagre agora. Lembra que ontem eu te falei que um tarado tentou me agarrar na rua? Então, era o irmão do Lucas!
Isabela: Mentira?! Bom, mas você está vingada, então. O cara não tá no hospital?
Marina: Não. Esse é o menor, o Gustavo. O que me agarrou tá bem.
Isabela: Então qual é o problema? Não me diga que você…
Marina: Fiz, sim! Eu não me aguentei e contei tudo pro Lucas. Sorte do Henrique que já tinha ido embora. Mas o Lucas foi atrás furioso. Eu tô com medo de que algo grave aconteça.
Isabela: Oi Marina, tudo bem, amiga? Vem cá, aonde é que você se enfiou num sábado de manhã? Eu tô a mais de meia hora ligando pra sua casa e ninguém atende!
Marina: Eu tô no Hospital Central. A história é muito longa. O irmão do meu namorado tá internado e…
Isabela (interrompendo): Ah, querida! Madre Tereza deve estar se remoendo de inveja. Você é quase uma “Jesusa”. Só falta fazer milagre também!
Marina: Pois bem que eu queria fazer milagre agora. Lembra que ontem eu te falei que um tarado tentou me agarrar na rua? Então, era o irmão do Lucas!
Isabela: Mentira?! Bom, mas você está vingada, então. O cara não tá no hospital?
Marina: Não. Esse é o menor, o Gustavo. O que me agarrou tá bem.
Isabela: Então qual é o problema? Não me diga que você…
Marina: Fiz, sim! Eu não me aguentei e contei tudo pro Lucas. Sorte do Henrique que já tinha ido embora. Mas o Lucas foi atrás furioso. Eu tô com medo de que algo grave aconteça.
Isabela, até então com a voz alegre, muda o tom. Passa a compartilhar a angústia de Marina.
Isabela: Marina, você devia ter
esperado um pouco. Mas já que paciência não é o seu forte, se prepara,
porque pedras vão rolar. E sentimental do jeito que o Lucas é…
Marina: Mas eu não traí ele! Não aconteceu nada entre a gente!
Isabela: Mas pro Lucas aconteceu! A mente masculina é um saco de entender, mesmo. Depois reclamam da gente. Mas de uma coisa eu sei: Homem com orgulho ferido não pensa muito antes de agir. Então, minha querida, melhor você agir depressa.
Marina: Melhor ir mesmo. Te conto tudo depois.
Isabela: Só mais uma coisinha: Qual era o nome do irmão dele, mesmo?
Marina: Henrique. Tchau!
Marina: Mas eu não traí ele! Não aconteceu nada entre a gente!
Isabela: Mas pro Lucas aconteceu! A mente masculina é um saco de entender, mesmo. Depois reclamam da gente. Mas de uma coisa eu sei: Homem com orgulho ferido não pensa muito antes de agir. Então, minha querida, melhor você agir depressa.
Marina: Melhor ir mesmo. Te conto tudo depois.
Isabela: Só mais uma coisinha: Qual era o nome do irmão dele, mesmo?
Marina: Henrique. Tchau!
Marina desliga e fica estranhando a pergunta de Isabela. Ela, por sua vez, fica pensando.
Isabela: Será? Não, não pode ser. Aquele cara, irmão do Lucas?
Isabela: Será? Não, não pode ser. Aquele cara, irmão do Lucas?
Marina sai em disparada pela estrada. Quando chega
à casa dos Araújo, a porta da frente está escancarada. Ela ouve o som
de algo se quebrando. Ela corre para dentro. A porta de Henrique está
arrombada. Ele caído no chão, ensangüentado e Lucas, já fora de si,
segurando uma cadeira no ar, preparando para arremessá-la.
Marina: Lucas!
Lucas (tomado de ódio): Que bom que você chegou, meu amor. Agora a festa tá completa. Me ajuda a acabar com a raça desse infeliz!
Marina: Para Lucas! Eu não estou te reconhecendo! Você é tão amável, gente boa. Cadê esse Lucas?
Lucas: Morreu, junto desse aí! – (ele chuta Henrique, que começa a gemer)
Marina: Não! Ele tá aí! Eu sei que está! Só foi soterrado por esse lamaçal de coisa ruim! Por Favor, Lucas, para com isso!
Lucas: Marina, eu…
Lucas (tomado de ódio): Que bom que você chegou, meu amor. Agora a festa tá completa. Me ajuda a acabar com a raça desse infeliz!
Marina: Para Lucas! Eu não estou te reconhecendo! Você é tão amável, gente boa. Cadê esse Lucas?
Lucas: Morreu, junto desse aí! – (ele chuta Henrique, que começa a gemer)
Marina: Não! Ele tá aí! Eu sei que está! Só foi soterrado por esse lamaçal de coisa ruim! Por Favor, Lucas, para com isso!
Lucas: Marina, eu…
As palavras de Marina surtem efeito. Lucas para e fica ali, sem reação. Marina corta o silêncio:
Marina: Lucas? Você está aí?
Lucas: Marina? Marina! Ah, meu Deus, o que foi que eu fiz?
Marina: Muita coisa. Mas não há tempo pra discutir. Procura um Kit de primeiros-socorros. Vou tratar do seu irmão.
Lucas: Marina? Marina! Ah, meu Deus, o que foi que eu fiz?
Marina: Muita coisa. Mas não há tempo pra discutir. Procura um Kit de primeiros-socorros. Vou tratar do seu irmão.
Lucas sai. Marina coloca Henrique em cima da cama. Lucas volta com o kit.
Lucas: Vem cá, você sabe usar essas coisas?
Marina: Claro! Quem você acha que cuidava da minha mãe? Agora vem, me ajuda aqui…
Marina: Claro! Quem você acha que cuidava da minha mãe? Agora vem, me ajuda aqui…
Marina começa a tratar de Henrique, auxiliada por
Lucas. No hospital, Leônidas tem alta depois do almoço. Augusta está em
seu quarto na hora.
Augusta: Sério, doutô? Que bom! Deus seja louvado!
Dr. Pícoli: Sim Augusta, mas não se esqueça: trate de fazer esse velho descansar!
Leônidas: E eu tenho opção? Ela fazia o Henrique dormir em dois tempos quando ele era pequeno.
Augusta: É. Mas estressado do jeito que o senhor é, eu vou ter que botar sonífero na sua comida!
Dr. Pícoli: Bom, espero que isso não seja necessário – (Seu celular começa a tocar) – Vocês me dão licença?
Dr. Pícoli: Sim Augusta, mas não se esqueça: trate de fazer esse velho descansar!
Leônidas: E eu tenho opção? Ela fazia o Henrique dormir em dois tempos quando ele era pequeno.
Augusta: É. Mas estressado do jeito que o senhor é, eu vou ter que botar sonífero na sua comida!
Dr. Pícoli: Bom, espero que isso não seja necessário – (Seu celular começa a tocar) – Vocês me dão licença?
Dr. Pícoli sai; Augusta está toda radiante.
Augusta: É… que bom que tudo não passou de um susto.
Leônidas: Pode até ser, mas… obrigado por ficar aqui comigo, Augusta. Nem meus filhos quiseram saber de mim. Você foi muito boa.
Leônidas: Pode até ser, mas… obrigado por ficar aqui comigo, Augusta. Nem meus filhos quiseram saber de mim. Você foi muito boa.
Augusta fica toda corada, de vergonha. Afinal de
contas, para ela, que sempre teve uma queda pelo patrão, ouvir uma coisa
dessas era como estar no céu.
Augusta: Ah… quê isso, seu Leônidas… só fiz o que tinha que fazer…
Leônidas: Não fez não. Você foi caridosa comigo. Você tem um coração muito bondoso…
Leônidas: Não fez não. Você foi caridosa comigo. Você tem um coração muito bondoso…
Os dois notam o clima de romance no ar. Clima que é desfeito com a entrada de Dr. Pícoli, que aparenta estar sério;
Dr. Pícoli: Doutor Leônidas, eu preciso conversar com o senhor. É sobre o Gustavo.
Leônidas: O que é que aconteceu com o meu filho? Ele… ele está bem?
Dr. Pícoli: Bom, o quadro dele está melhorando. Se tudo correr bem, ele será liberado em, no máximo, 2 semanas.
Augusta: Ah, que bom! O menino não merece passar por tudo isso. Agora os senhores me dêem licença, que eu vou procurar os “outros meninos”.
Leônidas: O que é que aconteceu com o meu filho? Ele… ele está bem?
Dr. Pícoli: Bom, o quadro dele está melhorando. Se tudo correr bem, ele será liberado em, no máximo, 2 semanas.
Augusta: Ah, que bom! O menino não merece passar por tudo isso. Agora os senhores me dêem licença, que eu vou procurar os “outros meninos”.
Augusta sai. Dr. Pícoli demonstra um sinal de alívio.
Dr. Pícoli: Bem, Dr. Leônidas, eu receio que chegou a hora de eu contrariá-lo.
Leônidas: Como assim?
Dr. Pícoli: Lembra que uns 2 anos atrás eu recomendei que o Gustavo fosse transferido para uma escola normal?
Leônidas: Mas pra quê… Você não espera que eu…
Dr. Pícoli: Do senhor eu não espero nada. Só estou dizendo que o Gustavo não pode continuar numa escola para especiais! Asma é uma doença como outra qualquer, não torna o portador um inútil. O Gustavo tem 9 anos. E pelos relatórios que eu recebi, ele praticamente não tem vida social, não tem amigos, não brinca! O senhor admitindo ou não, ele é uma criança!
Leônidas: Ele não é como as outras! Ele não pode fazer esforço! Não pode ir pra escola!
Dr. Pícoli: Não é essa a questão! Eu mesmo posso me encarregar que o Gustavo não seja sobrecarregado. Posso garantir que ele não faça Educação Física; mas ele não pode perder essa chance! Essa pode ser a última janela de escape dele!
Leônidas: Bom… eu vou… pensar…
Dr. Pícoli: Bom mesmo. Eu tenho que ir, o senhor quer que eu chame um táxi?
Leônidas: Como assim?
Dr. Pícoli: Lembra que uns 2 anos atrás eu recomendei que o Gustavo fosse transferido para uma escola normal?
Leônidas: Mas pra quê… Você não espera que eu…
Dr. Pícoli: Do senhor eu não espero nada. Só estou dizendo que o Gustavo não pode continuar numa escola para especiais! Asma é uma doença como outra qualquer, não torna o portador um inútil. O Gustavo tem 9 anos. E pelos relatórios que eu recebi, ele praticamente não tem vida social, não tem amigos, não brinca! O senhor admitindo ou não, ele é uma criança!
Leônidas: Ele não é como as outras! Ele não pode fazer esforço! Não pode ir pra escola!
Dr. Pícoli: Não é essa a questão! Eu mesmo posso me encarregar que o Gustavo não seja sobrecarregado. Posso garantir que ele não faça Educação Física; mas ele não pode perder essa chance! Essa pode ser a última janela de escape dele!
Leônidas: Bom… eu vou… pensar…
Dr. Pícoli: Bom mesmo. Eu tenho que ir, o senhor quer que eu chame um táxi?
Augusta entra na sala, preocupada.
Augusta: Não será necessário. Eu mesma levo ele. – (Ela o pega pelo braço e os dois saem) – Temos que nos apressar. Parece que o Henrique e o Lucas brigaram. E a coisa tá feia.
Na casa, Marina ainda está enfaixando os ferimentos de Henrique. Lucas tinha saído, ido à farmácia comprar analgésicos.
Henrique: É, quem diria… Além de engenheira, fez curso de enfermaria?
Marina: Não, e não fala mais nada. Se não fosse você tentar me levar pra cama, nada disso teria acontecido.
Henrique: Tá bom… Agora a culpa é minha? O Lucas que é um brutamontes. – (Ao ouvir isso, Marina aperta a faixa na barriga de Henrique, que grita de dor) – Ai!
Marina: Isso é pra você aprender a lição. Larga de ser cafajeste, garoto!
Henrique: E quem você acha que é pra falar comigo assim?
Marina: EU sou uma pessoa decente, ao contrário de você.
Marina: Não, e não fala mais nada. Se não fosse você tentar me levar pra cama, nada disso teria acontecido.
Henrique: Tá bom… Agora a culpa é minha? O Lucas que é um brutamontes. – (Ao ouvir isso, Marina aperta a faixa na barriga de Henrique, que grita de dor) – Ai!
Marina: Isso é pra você aprender a lição. Larga de ser cafajeste, garoto!
Henrique: E quem você acha que é pra falar comigo assim?
Marina: EU sou uma pessoa decente, ao contrário de você.
Henrique pensa em revidar, mas resiste. Sabe que ela tem razão.
Henrique: Eu sei… sabe, eu nunca fui
muito interessado por nada. Na escola, era um sufoco pra eu passar de
ano. Mas eu era o pegador. Todas queriam ficar comigo. E eu fiquei com
todas. Menos você. Você é… diferente. Tem propósito de vida…
Marina fica tocada com as palavras de Henrique. Os dois sorriem um para o outro.
Marina: Bom… é melhor eu ir pegar mais gaze…
Henrique: Não… fica…
Henrique: Não… fica…
Henrique agarra Marina, e os dois se beijam.
Fiquem ligados no próximo capítulo de Amor ao Contrario amanha as 15h00 da tarde no horário de brasília aqui no Esplay
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