Em menos de 50 anos, cerca de 40% dos japoneses serão idosos
O Ministério da Saúde e do Bem-Estar do Japão revelou nesta segunda-feira (30/01) que, em menos de 50 anos, a população do país será reduzida em um terço em relação ao número atual. Até 2060, estima-se que 40% do contingente populacional japonês seja composto apenas por idosos. A população japonesa residente no país é de 128 milhões e, segundo esses dados, seria reduzida para, aproximadamente, 87 milhões de habitantes. As informações são do site norte-americano Huffington Post
Nas próximas décadas, o país deve perder cerca de um milhão de indivíduos por ano. Nesse período, as estimativas do Instituto Nacional de Pesquisas sobre População e Seguridade Social apontam que a força nacional de trabalho ficará bem mais escassa. Em 2060, ela equivaleria a aproximadamente 43,5 milhões, ou seja, apenas metade da população prevista.
O país precisa de uma taxa de fertilidade superior ou igual a dois filhos por mulher para evitar seu declínio populacional. Em 2010, a taxa de fertilidade das japonesas era calculada em 1,39 e, para 2060, a instituição prevê que esse número caia em 3%, chegando a 1,35 crianças.
Nesse cenário pessimista, a boa notícia vem do aumento da expectativa de vida dos japoneses nesse período. Hoje, as autoridades do país estimam que mulheres vivam, em média, 86,39 anos, e os homens, 79,64. Em menos de 50 anos elas passarão a viver, em média, 90,93 anos e eles, 84,19.
O primeiro-ministro Yoshihiko Noda quer aprovar reformas para os sistemas tributário e de bem-estar social até o próximo mês de março. Entre essas medidas de contenção de gastos e aumento da arrecadação estaria o reajuste de 3% do imposto sobre o consumo a partir de 2014. O projeto enfrenta, contudo, fortes críticas da população e de parlamentares da oposição.
Especialistas acreditam que o país deve repensar sua lógica de seguridade social para contornar o que chamam de uma “virada demográfica”. "Programas de pensão, políticas de trabalho e o sistema de bem-estar social deste país não são planejados para refletir um declínio populacional progressivo e um envelhecimento tão rápidos" disse Noriko Tsuya, especialista em demografia da Universidade de Keio, à emissora japonesa NHK. "O governo precisa revisar urgentemente o sistema e implementar novas medidas baseadas na estimativa", afirmou.
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