Era para ser a noite da consagração de Tom Brady. E a noite para exorcizar os demônios de quatro anos atrás, quando o favorito absoluto New England Patriots, com uma campanha até então perfeita de 18 vitórias, derrotaria o New York Giants. Mas assim como o seu "primo distante", que nos Estados Unidos é chamado de soccer, o futebol americano também é uma caixinha de surpresas. Mais uma vez Eli Manning comandou o Giants a uma vitória no Super Bowl. Mais uma vez com um triunfo no fim do jogo. Enquanto o Giants vira a pedra na chuteira de Brady, Eli se consagrou na 46ª edição do Super Bowl, a final da NFL, disputado no Lucas Oil Stadium, em Indianápolis, ao ajudar o seu time a vencer o Patriots por 21 a 17.
Brady volta para Boston com o carinho da esposa Gisele Bündchen, que estava no estádio e o consolou após a derrota, mas sem o que seria o seu quarto anel após as conquistas de 2001, 2003 e 2004. Poderia ter a mão cheia, não fosse as atuações destacadas de Eli Manning, que definitivamente sai da sombra do irmão Peyton, quarterback do Indianápolis Colts, para ser o mais vencedor da família. Agora são dois anéis para o caçula da família contra um do irmão mais velho.
Graças a Eli, o MVP da partida e responsável por ser o primeiro a erguer o troféu Vince Lombardi, o Giants se coloca no mesmo patamar do Green Bay Packers com quatro títulos. A frente dos dois, apenas San Francisco 49ers e Dallas Cowboys, com cinco títulos, e o Pittsburgh Steelers, o maior campeão da NFL, com seis.
Eli foi o grande jogador da partida ao comandar a virada da equipe de Nova York no último quarto da partida, quando perdia por 17 a 15. Se há quatro anos, ele deu o passe para o touchdown decisivo de Plaxico Burress a 35 segundos do fim do jogo, neste ano a jogada que mudou a partida foi um passe para Mario Mannigham a menos de quatro minutos do fim da partida que proporcionou um avanço decisivo de 38 jardas.
- Foi um lançamento perfeito - disse Manningham. - Eli colocou a bola no lugar certo.
Faltando pouco tempo para o fim da partida e já com um field goal garantido que garantiria a virada, o Patriots abriu mão de se defender e deixou Ahmad Bradshaw marcar um touchdown para que pudesse ter mais tempo para Tom Brady tentar uma última jogada que desse a vitória ao Patriots. O quarterback teria um minuto para se consagrar ou definitivamente virar freguês do Giants.
Perdendo por 21 a 17, Brady fez de tudo para conduzir uma campanha vitoriosa em que só servia um touchdown. A distância da end zone era muito grande, mas com alguns bons passes do seu quarterback, o Patriots conseguiu avançar. Só que a defesa do Giants conseguiu segurar o ataque rival, obrigando Brady a tentar um hail mary a cinco segundos do fim. Mas a bola não chegou até Aaron Hernandez garantindo o título da equipe de Nova York.
Eli foi escolhido o MVP depois de terminar a partida com 30 dos 40 passes feitos completos, que resultaram em 296 jardas. No final, além do troféu, ainda ganhou um carro. Com o título de melhor jogador da final, Eli se junta a Tom Brady, Terry Bradshaw, Bart Starr e Joe Montana como o quinto quarterback a ser eleito mais de uma vez o MVP de um Super Bowl. O recordista é Montana, três vezes eleito o melhor.
- É muito bom vencer o Super Bowl, não importa onde. Foi uma temporada louca. Tivemos um grupo de ótimos jogadores que nunca desistiram e sempre confiaram uns nos outros. Tenho orgulho deles - disse o quarterback.
YAHOO
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